domingo, 21 de agosto de 2011

VOCÊ TEM CERTEZA QUE ESTÁ FAZENDO 0 SEU AMOR BONITO?

Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender.

Tenho visto muito amor por aí, amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva, mas esbarram na dificuldade de se tornarem bonitos: cobram; exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Você tem certeza que está fazendo o seu amor bonito?
De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro,
da dor do desencontro, a maior beleza possível? Talvez não. Cheio(a) de razões, espera do amor apenas aquilo que é exigido, quando dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que ele pode trazer. Quem espera mais do que isso, sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito. Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos; ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, “aquela conversa importante que precisamos ter”, arquivar se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor, apenas ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. Não tenha medo de tudo o que você teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente.

Jogue para o alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteiras, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal da infância. Sem medo de dizer, eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito, sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é e nunca, deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser.

Se o amor existe, não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma, da voz, da fala. Cuide do cuidado, do carinho, de você. Ame-se, se você é feliz será capaz de gostar do amor e assim fará o outro feliz.
(Desconheço a autoria)