quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

PROJETO NOVA CIDADE BAIXA - SALVADOR / BAHIA (BRASIL)

A Cidade Baixa, em Salvador (Bahia - Brasil), recebeu um masterplan para revitalização urbana - o Projeto Nova Cidade Baixa, assinado pelo Brasil Arquitetura, escritório paulista que contou com o apoio de arquitetos locais da A&P Arquitetura e Urbanismo Brasil Arquitetura.
 
O projeto visa remodelar o centro com requalificação urbana, ambiental e paisagística, desde o bairro de Campo Grande até a Ribeira, abrangendo toda a extensão da baía, incluindo as famosas praias do Cantagalo e de Boa Viagem.
 
Segundo as diretrizes do masterplan, a orla deverá receber ampla área de novos espaços públicos qualificados para uso e lazer de pedestres, com ciclovias, novas linhas de transporte público (veículo leve sobre trilhos, ou VLT), além de moradias em edifícios residenciais baixos (para não esconder o horizonte), com serviços para seus moradores.
 
 Planeja-se ainda desviar o tráfego intenso para túneis e estacionamentos subterrâneos na Cidade Baixa.

O plano prevê equipamentos de grande porte para a cultura e o desenvolvimento socioeconômico, como escolas profissionalizantes.
 
A atual concentração demográfica da Cidade Baixa não é homogênea, apresentando pontos mais densos (caso da região do Comércio), e outros mais esparsos, a exemplo dos pavilhões militares ou lotes com edifícios industriais degradados e subutilizados, juntos à orla.

Todas as cinco áreas seriam assim beneficiadas por novos sistemas de transporte coletivo, como o VLT circular interligado com a linha suburbana de trem, e novos teleféricos para passageiros transitarem entre Cidade Alta e Cidade Baixa.
 
No Campo Grande, pontos como Passeio Público, Parque da Aclamação e Forte de São Pedro serão requalificados, enquanto a Avenida Contorno deverá ganhar outro passeio anexo.
 
O projeto prevê também a construção de um teleférico entre o Largo dos Aflitos e o Solar do Unhão, onde fica o Museu de Arte Moderna.

Um túnel, chamado Mergulhão, desafogaria o tráfego afunilado na junção da Avenida Contorno com a Avenida da França. A Praça Cayru, por sua vez, seria assim liberada da atual função viária para receber edificações de fins culturais, além de esconder, sob sua nova esplanada, um estacionamento subterrâneo de 400 vagas.
 
Surgiria também uma nova Esplanada do Porto, espaço sem os armazéns portuários que hoje ocupam grande área, para que viesse a ter uso público, contínuo e aberto para a baía, com pontos comerciais de médio porte interligados por marquise, além de uma passarela elevada para conectar o Porto a um novo Terminal Internacional de Passageiros - onde fica ainda hoje o Instituto do Cacau.