quarta-feira, 16 de setembro de 2009

EM INHOTIM A GALERIA ADRIANA VAREJÃO - MINAS GERAIS (BRASIL)

Criado em 2005, Inhotim é uma entidade privada, sem fins lucrativos e qualificada pelo Governo do Estado de Minas Gerais como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Localizado em Brumadinho, a 60 quilômetros de Belo Horizonte, possui um importante acervo de arte contemporânea e uma extensa coleção botânica. A galeria Adriana Varejão, inaugurada em março de 2oo8, projeto do arquiteto paulista Rodrigo Cerviño Lopez, Prêmio Rino Levi Ex Aequo 2008, do Instituto de Arquitetos do Brasil (São Paulo), tem 477 m2 e se assemelha a uma caixa fechada de concreto, que balança sobre a entrada e cobre um espelho d'água que reflete a bela paisagem ao redor.



Esse espaço foi concebido para receber as obras da artista, que participou da conceituação do projeto arquitetônico. A galeria foi especialmente planejada para receber as obras Celacanto provoca Maremoto (2004-2008), Linda do Rosário (2004), O Colecionador (2008), Panacea Phantastica (2003-2008) e Passarinhos - de Inhotim a Demini (2003-2008).

A galeria possui um percurso único; após passar pelo térreo e pelo primeiro pavimento se chega à cobertura, uma grande praça elevada, pela qual, através de uma ponte, se acessa uma das áreas de expansão do museu, um jardim feito com plantas de resgate.

Quando do projeto o arquiteto contou com a colaboração de Fernando Falcon e Eduardo Chalabi, e do estagiário Marcus Vinicius dos Santos.

O Instituto Cultural Inhotim é um complexo museológico original, constituído por uma seqüência não linear de pavilhões em meio a um parque ambiental. Suas ações incluem, além da arte contemporânea e do meio ambiente, iniciativas nas áreas de pesquisa e de educação. É um lugar de produção de conhecimento, gerado a partir do acervo artístico e botânico.

Aqui o meio ambiente convive em interação com a arte, e são o ponto de partida para o desenvolvimento de ações de caráter socioeducativo nas mais diversas áreas.

O Parque Tropical possui áreas que seguiram conceitos sugeridos pelo paisagista Roberto Burle Marx. A enorme variedade de plantas faz de Inhotim um local onde se encontra uma das maiores coleções botânicas do mundo, com espécies tropicais raras e uma reserva florestal que faz parte do bioma da Mata Atlântica.

O representativo acervo de arte contemporânea vem sendo formado desde meados da década de 1980, e tem como foco obras criadas a partir dos anos 1960.
Possui pinturas, esculturas, desenhos, fotografias, vídeos e instalações de artistas brasileiros e internacionais. Essa galeria trouxe novos ares a Inhotim, rejuvenesceu os ares do museu. Inaugurado em 2004 (no Brasil, tirando Belo Horizonte, o museu ainda é pouco conhecido), a nova fase veio a partir de 15 de março de 2008 como início de uma nova fase para este empreendimento.

Localizado na extremidade norte do terreno do museu, o prédio em forma de cubo, suspenso sobre um terreno inclinado, tem à sua frente um jogo de espelhos d´água que mais parecem vidros e aos fundos uma “coleção” de jabuticabeiras.

A entrada do pavilhão é através de uma passagem “quase subterrânea”: debaixo de uma escada suspensa sobre o espelho d´água , entra-se por dentro do cubo na Galeria Adriana Varejão.Tendo como ponto-de-partida o “Azulejo”, seja ele físico ou pictórico, Adriana revisita temas anteriores, explora suas diversas habilidades e imortaliza referências a seus trabalhos dos anos 90 em diante.

A escada suspensa conduz ao segundo andar, um salão que abriga os mais de 300 Azulejões azuis. Um rasgo na parede permite olhar o andar subterrâneo, onde de pode ver de cima os azulejos com vísceras, e no teto, uma série de azulejos vermelhos.

A galeria termina no terraço: uma rampa-corredor em forma de “L” conduz à uma nova ascensão. Esta passagem quase ritualística dá no terraço com vista impressionante de Inhotim, onde se tem uma visão do alto de todo o espaço do museu.

Com vocação natural para mirante, percebe-se como as obras e as galerias se integram à paisagem, tornam-se invisíveis pois não se vê nada além de verde.

Neste terraço-mirante, um banco de azulejos em forma de “U” traz uma coleção de desenhos de uma centena de pássaros a partir de pesquisa e vivência de Adriana em uma tribo Yanomani.


















Fonte: Pesquisas na internet.